sábado, 24 de fevereiro de 2007

Dinheiro & Felicidade 2

Bom, no post anterior eu disse que achava chiché a forma como o povo pensa sobre o assunto com a famosa frase "dinheiro não traz felicidade". Acho que tem muito mais poeira debaixo deste tapete... No Brasil, isso é ainda mais cliché. Como moro nos EUA e morei na Europa a maior parte da minha vida, talvez isso tenha influenciado minha forma de pensar e causado essa ojeriza que eu tenho da forma Brasileira de encarar o assunto.

Há uns 5 anos atrás eu tinha um site que vendia um e-book (livro em formato digital ou PDF) sobre como construir um website e montar um negócio online. Eu tinha na época também uma newsletter gratuita que ía toda semana para o pessoal que assinava com artigos. Foram incontáveis os emails que eu recebi de pessoas reclamando que eu estava "cobrando" pelo e-book, pois como era uma forma de "ajuda" para o pessoal abrir um negócio online então eu deveria fazer isso de graça! Estes dias eu estive falando com uma amiga que mora perto de Seattle (onde moro), ela é personal trainer em uma academia e possui um site sobre emagrecimento em português.

Ela me disse que de tanto receber emails de pessoas pedindo ajuda (na ordem de centenas por dia!) ela teve que colocar uma anotação na página de contato do site dizendo que não pode responder os emails individualmente pois ela trabalha o dia inteiro e não pode dar atenção a centenas de emails diários. As pessoas escrevem para ela pedindo ajuda detalhada gratuita, eles querem dietas completas, perguntas respondidas, etc. Quando ela eventualmente responde dizendo que não pode ajudar ninguém neste nível, pois isto seria uma consultoria completa e além de ela não ter tempo, este é o trabalho dela e não é de graça, as pessoas ficam iradas! Ok, as pessoas estão querendo um programa completo de emagrecimento e personal trainer online tudo de graça! E quando ela se nega a fazer isto, elas ficam bravas! Agora, aqui nos EUA isso não acontece. As pessoas respeitam o trabalho umas das outras, elas não ficam pedindo nada de graça como os Brasileiros.

Bom, mas o que isso tudo tem a ver com dinheiro e felicidade? Eu acredito que os clichés que os Brasileiros mantêm em suas cabeças sobre o assunto influencia muito na condição do país e na forma como ele cresce. No Brasil é bonito ser pobre porque "pobre é feliz". Coisas como depressão, solidão, mesquinhez, egoísmo, entre outras são associadas à riqueza. É "feio" cobrar por seus serviços no Brasil, algumas pessoas que trabalham com vendas chegam a se sentir constrangidas ao tentar vender seus produtos.

Dinheiro não traz felicidade? Não ter como pagar suas contas no final do mês te deixa feliz então? O que eu realmente acho é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. As razões da felicidade são amplas, distintas e a própria felicidade não é algo estático que uma vez que você a consegue, ela será sempre sua, como um bem que você comprou.

Por outro lado, a falta de dinheiro causa tantos problemas que você ao invés de dedicar seu tempo construindo uma vida na qual você poderá obter a sensação de felicidade que você tanto busca, tem que ficar constantemente apagando os incêndios em sua conta bancária, correndo contra o tempo para pagar as contas no final do mês e continuar tendo uma vida pelo menos digna. Deste ponto, sim, eu acho que dinheiro é necessário para que você tenha tranquilidade suficiente para buscar a felicidade.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Dinheiro & Felicidade

Neste final de semana tive uma calorosa discussão estilo "mesa redonda" com meus amigos sobre a questão do dinheiro x felicidade. Estou passando um tempo no Brasil, então esta conversa foi com meus amigos Brasileiros. Eu particularmente acho que existe muito cliché na forma como as pessoas pensam sobre o assunto, principalmente no Brasil onde a influência religiosa que diz que "rico não entra no céu" faz com que as pessoas tenham até uma certa vergonha em dizer que querem ganhar mais dinheiro... Bom, sobre o meu ponto de vista eu vou estar falando no próximo post. Neste eu coloquei este ótimo artigo de Gilberto Wiesel, que é de certa forma uma base para o que eu vou estar falando na sequência:



Pesquisas recentes apontam para a tendência desenfreada em busca do dinheiro para, por meio dele, garantir a tão sonhada felicidade. Afinal, a felicidade é o nosso maior sonho de consumo.

Esse registro é preocupante, pois demonstra a falta de preparação das pessoas, nos critérios que utilizam, em todos os níveis sociais, na busca da felicidade. Os critérios, relacionados à conquista da felicidade, não são claros e/ou definidos, mas é possível perceber a busca sendo feita nas escolhas duvidosas. Explico: um estudo realizado pelas Universidades de Harvard e Estatal da Pensilvânia, com indivíduos de 20 a 64 anos, revelam que o dinheiro, de fato, compra a felicidade. As pessoas mais ricas tendem a ser mais felizes que as pobres, entretanto, os dados coletados apontam para um critério desastroso, por elas utilizado: a comparação!

Exatamente isso! As pessoas com dinheiro, comparam seus ganhos e suas aquisições materiais com aquelas dos indivíduos do mesmo grupo social, ao invés de fazerem a comparação com um grupo social inferior. É nesse ato que nascem os sentimentos sombrios, com o poder de ofuscar a tão desejada felicidade. Nesse momento, o dinheiro simplesmente compra aflição, ansiedade e uma insatisfação profunda. Afinal, com a comparação, os seres humanos percebem que nem sempre possuem o que as pessoas do seu grupo social já conquistaram. Assim o tempo passa a ser insuportavelmente curto para tudo que se pensa ser necessário para evitar a distância entre o que a pessoa conquistou e o que o outro tem a mais.

Essa luta é cruel e não dá trégua. Dia e noite, ano após ano, é sempre a mesma coisa. Praticamente uma corrida, aliás, pior que uma corrida, pois nas competições esportivas, corremos felizes, praticamente flutuamos. Já a corrida da vida acontece com uma incessante falta de ar. O peito aperta e dificulta a respiração serena. Não há muito tempo para isso. Quanto ao ar, não tem importância se ele falta diante do stress causado pelos objetivos gigantescos. O importante é vencer a comparação e, termos a certeza de que estamos perto do que o outro já tem. O resto não importa...

E como fica a felicidade? Afinal, foi com esse tema que iniciamos o artigo. Bem, a felicidade para esses estressadinhos não é atingível, pois ela estará sempre um quilômetro, ou um degrau, ou uma promoção, ou uma aquisição, à frente! Dessa maneira, segundo a pesquisa, quanto mais alto é o rendimento dos demais integrantes do grupo etário e social a que pertencemos, menor é a nossa felicidade. Acrescenta ainda que, ao invés de promover uma felicidade geral, o crescimento contínuo dos rendimentos pode promover uma permanente corrida consumista, em que os indivíduos consomem mais e mais apenas para manter um nível constante de felicidade. O que infelizmente denota uma grande ilusão. E naturalmente a ILUSÃO nunca foi matéria-prima para felicidade. Ao contrário, a matéria-prima para felicidade é a LIBERDADE.

Com ela, conquistamos sem comparar, crescemos sem medir distâncias, desejamos o que, de fato, não nos aprisionará e, finalmente, deixamos os outros livres para crescerem. Enquanto eu, sou livre para voar!Afinal, a liberdade é o espaço que a felicidade precisa!



Gilberto Wiesel ( www.gilbertowiesel.com.br ) é Consultor de Empresas, Conferencista, Empresário, Agropecuarista, Escritor. Graduado em Administração de Empresas. Especialista em Motivação com formação em Qualidade Total. Pós-graduado em Marketing pela FGV, Especializado em Vendas pela ESPM. Master-Practitioner em Programação Neurolingüística pela Sociedade Brasileira de PNL. Formação em Terapia da Linha do Tempo, membro da Time Line Therapy, Hawai-USA. Possui sólida vivência em treinamento de Diretores, Supervisores, Gerentes e Vendedores. Seu foco é a transformação pessoal, formação de líderes e empreendedores. Diretor da C.G.W Consultores Associados. Autor do livro "Você em Primeiro Lugar e do Cd Um Tempo para Vida". Criador do Primeiro Portal de Motivação do País.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

No Topo do Mundo

Já que estamos falando bastante da questão da atitude e dos elementos do sucesso, acho que este artigo de Tom Coelho tem muito à acrescentar:

"Nenhum homem é uma ilha." (Thomas Morus)

Muitos foram os esportes que já pratiquei. De futebol e basquete, à natação e canoagem, passando por tae kwon-do, esgrima e até pára-quedismo. Mas uma modalidade em especial não ousei exercer: o alpinismo.Vejo cenas de expedições à Cordilheira do Himalaia e fico imaginando a sensação sublime de auto-realização daqueles que chegam ao cume do Monte Everest, ou seja, literalmente ao topo do mundo.

Tive a oportunidade de assistir ao relato de um jovem montanhista canadense, Jamie Clarke, reproduzido num filme intitulado exatamente “No Topo do Mundo”, distribuído com exclusividade no Brasil pela Siamar, um de meus principais parceiros. E gostaria de compartilhar algumas lições que pude extrair desta experiência.

1. Não há êxito sem preparação. Um alpinista enfrenta, por meses e até anos, um longo processo de preparação, do corpo e da mente. Tudo isso para desfrutar a glória de chegar ao cume e lá permanecer por não mais do que dez minutos.

2. Siga suas paixões sem obsessão. A persistência e a obstinação são ingredientes para o sucesso. Quando nos apaixonamos por uma idéia nutrimos uma capacidade ímpar de envolvimento e comprometimento. Mas a obsessão cega os olhos, subtrai a racionalidade, gera compulsão que conduz ao conflito e à derrota.

3. Escolhas envolvem lucidez e visão de futuro. O filme apresenta um momento no qual um alpinista encontra-se a apenas uma hora de escalada do topo. Porém, se prosseguir, não terá tempo (o anoitecer se aproxima) e forças para voltar. Neste momento, ele decide retornar, preservando sua vida. Um passo atrás que, com olhos voltados para o futuro, simboliza um avanço e não um retrocesso. Nossas ambições devem estar sempre à altura de nossa capacidade.

4. O foco deve estar no caminho. Embora haja um objetivo maior, é a soma de cada passo, a transposição de cada adversidade, que nos direciona à meta. É o que chamo de “passos de bebê”. Após o engatinhar, a criança descobre que há um novo mundo para ser visto a partir de outra perspectiva. E, entre uma queda e outra, a busca pelo equilíbrio sobre suas pernas é premiada com o cumprimento do objetivo traçado: andar.

5. Reconhecer os erros leva ao aprendizado. Precisamos ser honestos diante de situações adversas. O apresentador conta que, durante uma expedição, o papel higiênico acabou antes do previsto, tornando-se a fonte de conflitos e discórdias. Na verdade, tratava-se apenas de um subterfúgio, uma forma de mascarar questões maiores que estavam sendo negligenciadas. Temos o hábito de evitar os problemas reais e tornar pessoais temas que precisam ser debatidos em busca de soluções.

6. Ou você enfrenta o medo ou o medo vence você. O maior desafio de um alpinista é o medo. O medo da mudança, o medo da insegurança, o medo das circunstâncias. O medo de tomar uma decisão, de dar um passo adiante, causa paralisia e mata o progresso. Você faz o que lhe amedronta e ganha coragem depois. Não antes.

7. Um forte propósito é a melhor fonte de motivação que podemos ter. John, o alpinista que preferiu trilhar o caminho de volta a poucos metros do topo, é vencido pelo cansaço e pela fragilidade do corpo em sua jornada. Recostado em uma rocha, com a neve encobrindo suas pernas e minando o restante de suas forças, a morte o espreita quando sua equipe decide fazer uma ligação via satélite para sua casa. O telefonema providencial, conectado ao rádio de comunicação, encontra sua esposa e filhas pequenas que, com palavras de amor, fazem-no relembrar do compromisso assumido de voltar para sua família com vida. São estas palavras e memórias que, como combustível, incendeiam suas células, possibilitando-lhe retornar à base. O que importa na vida não são as promessas que fazemos, mas as que cumprimos.

8. Nunca escalamos sozinhos. Este não é um esporte individual. A vitória é fruto de um trabalho de equipe. Dos guias e estrategistas, dos colegas que acampam nas bases. Da mão que prepara um café para acalentar o frio e das vozes que calam o silêncio da noite com frases de incentivo. Tal qual no mundo corporativo, é preciso olhar para baixo e agradecer. Sempre.Ao término do filme, sinto-me transformado. Continuo não tendo o preparo físico e as vivências de um alpinista. Mas em minha mente passo a compreender que também tenho meu próprio topo para escalar. Minhas montanhas são outras. Nem melhores, nem piores. Nem mais altas, nem mais baixas. Apenas são as minhas, aguardando-me por desafiá-las, agora mais consciente sobre como fazê-lo.


Tom Coelho ( www.tomcoelho.com.br ), com graduação em Publicidade pela ESPM/SP e Economia pela FEA/USP, tem especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela FIA-FEA/USP. Atualmente é consultor financeiro especializado em gestão de passivos, coordenação de processos de reestruturação financeira (turnaround) e habilitação ao crédito, professor universitário nas disciplinas Marketing e Empreendedorismo, e escritor com artigos publicados regularmente por mais de 200 veículos da mídia eletrônica e impressa, inclusive na Argentina, Bolívia, Uruguai, Chile, Venezuela, Panamá, Estados Unidos, Portugal, Espanha e Japão. É co-autor do livro “Roda Mundo, Roda-Gigante”, antologia internacional publicada em 2004 e 2005. Ministra palestras com temática voltada à Qualidade de Vida, Empreendedorismo, Liderança, Motivação, Marketing Pessoal, Criatividade, Planejamento Estratégico, Administração do Tempo, Finanças Pessoais e Conjuntura Econômica. Acumula, ainda, os cargos de Diretor da Infinity Consulting, Diretor Estadual do NJE (Núcleo de Jovens Empreendedores), vinculado ao Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e Membro do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Você quer uma fórmula para o sucesso?

Aqui vai mais um artigo sensacional de Fran Christy. Aqui ela fala de uma "suposta" fórmula para o sucesso. ''E claro que não existe uma fórmula para se alcançar o sucesso, mas é justamente esse o ponto. Enquanto as pessoas ficam esperando "descobrir" exatamente o que devem fazer para obterem sucesso em seus empreendimentos e objetivos, ou seja, ficam esperando encontrar uma receita de bolo ou uma fórmula pronta, tudo na verdade passa por estes 3 elementos que ela coloca como fundamentais para o sucesso: foco + determinação + continuidade. A soma desses 3 elementos seria = ao sucesso do projeto almejado, enquanto a falta de um deles resultaria em fracasso. Faz muito sentido! Leia e veja se você concorda!


FOCO + DETERMINAÇÃO + CONTINUIDADE

É isso. Só isso. Simples não? Parece que não para a grande avassaladora parte da população que busca constantemente acertar na vida, mas só encontra desilusão e fracasso. Mas qual o problema? Falta de oportunidade como a grande maioria alega? Algum "segredo" que poucos conhecem? Contatos? Certamente que não. Estórias de sucesso pipocam em todos os cantos do mundo, acontecem com pessoas de todas as classes sociais, níveis educacionais e raças. É o mesmo com o fracasso. Pessoas com todas as condições propícias para serem bem sucedidas também fracassam. Esta fórmula, no entanto, está presente em todas os casos onde o sucesso não foi uma simples consequência da sorte, de eventos específicos ou de contatos certeiros.

A grande maioria erra, entretanto, já na primeira parte desta fórmula ao tentar alcançar o sucesso sem um foco específico. Grande parte das pessoas vive a vida à deriva, sem perseguir nada, sem tentar alcançar nada além de uma noção "etérea" de sucesso, como se este em si fosse uma meta a ser buscada. Você já ouviu aqueles ditados: para quem não sabe o que quer, qualquer coisa serve? Ou para quem não sabe em que porto quer chegar, qualquer vento é favorável? O engraçado é que as pessoas simpatizam com essa idéia! Gostam de viver ao sabor do vento, na filosofia do "deixa a vida me levar". O que pode soar poético e bonito nas letras de uma música ou na magia de um filme acaba sendo catastrófico na vida real. A vida geralmente leva quem não toma suas rédeas para lugares onde elas não desejariam estar - quão poético é não ter dinheiro para pagar as contas no final do mês? Pois é, deixou a vida levar, ela levou...

O segundo elemento desta fórmula é a determinação, ou força de vontade, motivação para conquistar o objetivo definido na primeira etapa. Conheço pessoas que sabem o que querem, elas já escolheram seu foco, mas por simples falta de ação, elas não saem do lugar. Ficam olhando seu destino à distância, apenas desejado chegar lá, mas sem força para mover-se em sua direção.

A última - e mais importante - parte desta fórmula é a continuidade. Grande parte dos projetos pessoais e profissionais são abandonados por simples falta de ação. Há uma motivação inicial quando se determina o foco, a pessoa (ou equipe) se sente motivada para conquistar o objetivo, mas quando a poeira baixa, tudo é esquecido, engavetado e um novo projeto é iniciado. Há vários problemas que podem resultar na desistência ou abadono de um projeto, um deles é a falta de planejamento. É relativamente fácil determinar um foco e sentir-se motivado para conquistá-lo, mas na realidade do dia-a-dia, com todas as demadas externas e tudo acontecendo ao mesmo tempo, a pessoa se sente perdida, ela não sabe o que deve fazer para prosseguir e acaba postergado seu projeto até desistir. Outro motivo é a dispersão. Há pessoas que querem fazer muitas coisas ao mesmo tempo, acabam não terminando nada. Ou se motivam com uma nova idéia antes mesmo de colocar a anterior em prática ou de concluí-la.

Se você parar para pensar por alguns minutos nesta fórmula você irá concordar comigo. Se você levar à sério (e à diante) um objetivo definido, você será bem sucedido nele, custe o que custar. A opção de desistência é sempre sua.

Fran Christy - Consultora em desenvolvimento pessoal. Para maiores informações sobre seus livros, artigos e cursos, visite o site Sonhos Estratégicos.