domingo, 12 de novembro de 2006

Carpe Diem: Aproveitar a vida

Bom, estávamos falando no post anterior sobre a distorção no conceito de aproveitar a vida, embutido na filosofia carpe diem. Se você pensar no contexto da vida como um todo, na idéia de tempo e no fato de que só temos 1 chance para fazer algo dentro do tempo limitado que temos em cada unidade de tempo em nossa vida. O que eu quero dizer é que as 24 horas do dia de hoje são as 24 horas do dia de hoje e você jamais poderá novamente fazer o que poderia ter feito nessa "unidade" de tempo. Ou seja, você pode fazer amanhã o que não fez hoje, mas o "custo" de sua decisão será não fazer amanhã o que você poderia fazer amanhã porque você terá que fazer o que não fez hoje! Confuso?! É, eu também! Tá difícil de conseguir me explicar!

As oportunidades na vida estão relacionadas ao tempo, elas "passam", "acabam", você deixa o bonde passar se não aproveitá-las e mesmo que elas voltem a aparecer um tempo depois, a chance de tê-las aproveitado antes era única e essa não voltará mais pelo simples fato de que não podemos voltar no tempo. Quantas unidades de 24 horas você tem em 1 vida? Muitas certamente, mas também finitas. Uma das mais importantes lições sobre a filosofia carpe diem que aprendi com Fran Christy é que aproveitar a vida significa fazer valer a pena. O que você fizer na vida que não valer a pena será esquecido, enterrado na área da sua memória que guarda as coisas sem importância ou talvez eliminado completamente do seu espaço mental. Se não vale a pena nem como memória nem como "tijolo" na construção do nosso futuro, de que vale então?

Eu cursei administração de empresas. Estudei muito os grandes sucessos, pessoas que construíram grandes impérios, se tornaram pessoas de destaque ou realizaram grandes feitos. Uma característica que salta aos olhos ao estudar estas vidas é que estas pessoas não costumavam perder tempo com bobagem, elas íam direto ao assunto, elas aplicavam seu tempo de forma sábia e eficaz. Elas faziam com que suas ações valessem a pena no dia-a-dia ao invés de ficarem esperando de braços cruzados até que elas tivessem a oportunidade de fazer algo na vida que valesse à pena. Você entende a diferença? Os perdedores na vida não agem, não fazem nada que valha à pena, suas vidas são um amontado de ações necessárias para garantir a sobrevivência de um lado e do outro atividades "de lazer" como válvula de escape para relaxar do estresse provocado pelas ações anteriores. Eles ficam esperando que uma oportunidade aparecça para que eles "comecem" a fazer coisas que façam com que suas vidas valham à pena.

Bom, olhando os vencedores, nós podemos aprender que tais oportunidades não "aparecem", talvez elas nem "existam" na realidade da forma como os perdedores as vêem, como um fato isolado que irá permitir que eles tenham condições de fazer algo significativo por suas vidas. Estude as vidas dos vencedores e você verá que eles mesmo criaram as próprias oportunidades, ou eles a atraíram de alguma forma, pois eles faziam coisas significativas constantemente.

Perdedores esperam, vencedores fazem. Viver carpe diem exige uma postura de vencedor. Fazer a vida valer a pena exige ação, exige esforço diário, exige comprometimento com o próprio resultado almejado.

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